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05/01/2011
Mainha: Vingança motivou a execução
Um dia após o assassinato do maior pistoleiro do Nordeste, Idelfonso Maia Cunha, o ´Mainha´, a Polícia Civil começou, ontem, a montar o ´quebra-cabeça´ para esclarecer o assassinato do matador de aluguel que ficou famoso na região. Um duplo homicídio ocorrido há exatos oito meses pode ser o ´fio da meada´ que levará as autoridades ao desfecho do caso. Na tarde do dia 8 de maio do ano passado, pistoleiros invadiram uma residência na localidade de Telha, distrito do Camará, no Município de Aquiraz (Região Metropolitana de Fortaleza) e mataram, a tiro, duas pessoas. Eram o empresário José Silveira Lima Filho, o ´Zé Filho´; e o seu capanga Diego Fabrício Oliveira de Sousa, o ´Diego do Machuca´. Logo, o nome de ´Mainha´ surgiu no caso. Segurança Nas investigações, ´Mainha´ foi apontado como um dos suspeitos de participação no crime. Conforme a Polícia, ele já havia trabalhado como uma espécie de segurança particular de ´Zé Filho´, dono de uma revenda de caminhões usados, situada na BR-116, mas os dois teriam se desentendido. No dia do fato, os pistoleiros chegaram à residência do empresário, na Rua Girassol, por volta de 14 horas, e mataram logo ´Diego do Machuca´. Ele caiu sem vida junto ao portão da casa. Em seguida, os criminosos invadiram a propriedade e fuzilaram o empresário que estava na cabine de um caminhão, que ele transformara numa espécie de escritório. Muitos tiros foram dados e cápsulas de pistolas Ponto 0.40 (arma de uso exclusivo da Polícia) foram encontradas no local. Cada uma das vítimas levou cerca de cinco tiros a queima-roupa, conforme a Perícia. Na época, a Polícia fez diversas investigações sigilosas, sem descartar a hipótese de envolvimento de ´Mainha´ com o fato. Meses depois, o pistoleiro voltou a cair nas mãos da Polícia. Foi detido por policiais do Ronda do Quarteirão em companhia de um soldado da PM. Os dois estavam armados com revólveres e pistolas e foram perseguidos pela patrulha em Maranguape. Detidos, foram encaminhados à delegacia, onde o militar assumiu sozinho a posse das armas e livrou o pistoleiro de ser autuado em flagrante. Desde então, ´Mainha´ afirmava estar sendo ameaçado de morte e perseguido. Fez, pelo menos, três Boletins de Ocorrência sobre o caso. O último deles, na Delegacia Metropolitana de Maranguape, no dia 28 de dezembro, quando disse que estranhos em um carro preto estariam lhe seguindo. A Polícia tem ainda uma segunda vertente nas investigações sobre a morte. Informações extraoficiais dão conta de que ´Mainha´ estaria fazendo, ultimamente, a segurança particular de um comerciante do ramo de imóveis da cidade de Quixadá, e que este era acusado de envolvimento no tráfico de drogas no Sertão Central, sendo recentemente preso numa operação da Polícia Federal. Pistas O superintendente da Polícia Civil, delegado Luiz Carlos Dantas, acompanha pessoalmente o desenrolar das investigações que estão sendo compartilhadas pela Delegacia de Maranguape e Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As primeiras pistas levantadas pela Polícia apontaram que um carro preto - Citroën - foi usado pelos assassinos depois de matarem ´Mainha´ na tarde de segunda-feira última, no bairro Novo Maranguape. O carro foi localizado, na tarde de ontem, no Anel Viário da BR-020, em Caucaia. Estava completamente queimado. Mesmo assim, foi rebocado para o pátio da Divisão de Homicídios e hoje vai ser vistoriado por inspetores da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC). Há suspeitas de que o automóvel tenha sido comprado por ´laranjas´, pois está registrado em nome de uma mulher residente na Bahia. Já nas mãos da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), através da sua Coordenadoria de Criminalística (CC), estão duas cápsulas de bala calibre 0.40 encontradas próximas ao corpo de ´Mainha´. Os estojos deverão ser utilizados na micro-comparação balística, caso alguma arma suspeita seja apreendida nas investigações. Apesar da fama que ´Mainha´ ganhou nacionalmente como o maior pistoleiro do Brasil na década de 80, quando praticou diversos crimes de morte no Ceará e Rio Grande do Norte, as autoridades não acreditam que o seu assassinato tenha alguma relação com os homicídios daquela época. Para o superintendente da Polícia Civil, o crime deveu-se a algo recente. Enterrado Sob clima tenso e com ameaças e agressões aos jornalistas, a família de ´Mainha´ enterrou o corpo dele, na tarde de ontem, no Cemitério de Jaguaribara (a 228Km de Fortaleza). A Polícia teve que intervir na hora do sepultamento para evitar que o conflito se alastrasse. Fonte: Diário do Nordeste
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