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11/04/2011
A arte e a tradição dos remédios medicinais em Icó
As plantas curam. Os indígenas e antigos deixaram para nós um legado de conhecimento popular sobre as propriedades medicinais de ervas, raízes, folhas e caules. Apesar dos avanços da indústria farmacêutica e da modernização dos costumes, o uso da fitoterapia ainda resiste e é praticado em algumas cidades do sertão cearense. Um exemplo é o raizeiro, rezador e poeta popular, Otacílio Holanda, 88 anos, que todas as semanas faz atendimento e venda de seus produtos no mercado central nesta cidade.
O doutor-raiz, Otacílio Holanda, depois de alguns anos morando nesta cidade, resolveu fazer o caminho de volta para a zona rural e encontrar tranquilidade, em uma casa no campo, ao lado de uma farmácia viva que mantém no sítio Alto da Várzea, distante 30km do Centro. Os dias de atendimento foram reduzidos de seis para dois por semana. "Estou precisando de mais sossego", disse. "A idade já pesa um pouco".
Foi no campo, ao lado do pai, o profeta popular, Sebastião Norberto, no Sítio Caranguejo, zona rural de Jaguaribe, que Otacílio Holanda, ainda criança, despertou para a cura de animais e de plantas. Lembra que aos sete anos, fazia um caminhão de talo de milho, e na carroceria do brinquedo, carregava ervas e misturas que colocava nas catingueiras. "Fica verde e folheava mais rápido", conta. "É um dom que a gente nasce com ele e vem de Deus".
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