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01/05/2013
A sociedade está perdendo a batalha para a violência?
Com o título “Liberdade e morte”, o jurista Djalma Pinto faz uma reflexão sobre uma sociedade que vem perdendo a batalha contra a violência. Confira:
Qual o valor da vida de uma pessoa em qualquer cidade do Brasil neste alvorecer do século XXI? Pode ser inestimável, mas é possível perdê-la na próxima esquina. Por que isso ocorre com espantosa frequência? Simplesmente porque, até hoje, não se deu atenção às causas dessa patologia para uma reação eficaz. Freud advertira que o homem é, por natureza, violento. Questionava ele se a evolução cultural poderia “controlar as perturbações trazidas à vida em comum pelos instintos humanos de agressão e autodestruição”.
A sociedade está perdendo essa batalha por não encontrar mecanismos de conscientização para evitar que a liberdade assegurada a cada indivíduo seja utilizada para ameaçar a integridade do próximo. Não conseguimos educar o homem para a convivência social pacífica. Essa a questão. No caos decorrente do elevado nível de agressividade, a respaldar a constatação de Hobbes de ser o homem “o lobo do homem”, parece inadiável inserir na mente de cada indivíduo, na infância, estas três regras básicas para a boa convivência: 1) não matar; 2) não furtar e 3) não causar dano ao outro.
Para uns, compete à família o dever de educar; para outros, caberia essa missão à escola. Todos, porém, precisam contribuir para a propagação dessas normas. O Estado, inclusive, deveria estimular a sua difusão através de propaganda institucional. Aliás, são gastos bilhões, nesse tipo de propaganda, sem nenhum caráter pedagógico, como exige a Constituição, e sem nenhuma utilidade para a população.
Combater a violência apenas com a construção de mais penitenciárias, delegacias e aumento do aparelho repressor do Estado mostra-se ineficaz. Entretanto, a simples assimilação daquelas três regras, já na escola do primeiro grau, viabilizará a paz social e garantirá efetividade ao Direito, fragilizado diante da audácia de seus violadores.
Fonte: Djalma Pinto, Advogado.
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