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12/09/2014
Violência : A espera da curva decrescente
314 assassinatos em agosto. Média de dez homicídios diários. São os últimos números da guerra nossa de cada dia. Assustadores, mas conduzem o fio de esperança de que os índices de violência no Ceará tenham, enfim, iniciado uma curva decrescente.
Isso por que, se comparados com os números de agosto de 2013, deu-se uma redução de 15%. Esperança sim, mas nada de comemorações.
É preciso esperar pelo menos seis meses de quedas seguidas nos índices para concluirmos que se trata de uma tendência efetiva e de longo prazo. Se assim ocorrer, é sinal de que a política de segurança pública começou a se mostrar eficiente.
Além da redução do número de homicídios dolosos, a outra boa notícia foi o inédito alcance da meta geral de redução (6%) estabelecida pela Secretaria de Segurança.
O estabelecimento de metas foi a mais corajosa (politicamente falando) medida adotada desde que a pasta está sob o comando de Servilho Paiva. Registre-se que isso ocorreu há apenas um ano.
A maior virtude da nova política de segurança do Ceará foi copiar o que já deu certo. Sem invenções. Sem lançar mão de ações duvidosas retiradas da cabeça de quem não entende nada do assunto.
Replicar uma experiência de sucesso foi a mais inteligente atitude adotada na segurança do Ceará nos últimos oito anos. A experiência copiada vem de Pernambuco, que não é exatamente algo original, por já ser uma cópia de outras práticas exitosas Brasil afora.
No entanto, é preciso dizer que o “Pacto Pela Vida” de Pernambuco é muito mais amplo e complexo do que o conjunto de ações postos em prática no Ceará.
Ou seja, na pressa, copiamos apenas uma parte do que deu certo no estado vizinho. Como Ceará e Pernambuco são estados com similaridades sociais e econômicas, o que funcionou bem por lá sempre terá boas chances de funcionar bem por aqui.
Então, que a cópia se torne mais abrangente e, mais importante, não sofra solução de continuidade. Nesse ponto, São Paulo, que saiu em dez anos do primeiro para o último lugar no ranking nacional de homicídios, é sempre um exemplo a ser observado.
Fonte: O Povo
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