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13/09/2012
Potengí: Mantém tradição e profissão dos ferreiros
No município de Potengi, a 540 km de Fortaleza, 70 famílias vivem de uma profissão quase extinta nas grandes cidades: a de ferreiro. Na principal rua de da cidade que não dorme com os sons das batidas de foices, pás e enxadas, fica a maioria das oficinas de ferreiros.
Francisco Ferreira, de 69 anos, trabalhou durante 20 anos como ferreiro. Um dos mais antigos na atividade em Potengi, ele passou o bastão da oficina para os dois filhos Edvan e Gilmar Ferreira.
Mesmo seguindo a profissão do pai, Gilmar resolveu montar um comércio para a mulher e já pensa em um futuro diferente para o filho de quatro anos. “Eu quero que ele pegue outro ritmo para o trabalho. Ferreiro é pesado”, afirma.
As mãos calejadas desses cearenses transformam o silêncio do interior em batidas conhecidas na cidade formada principalmente por agricultores e servidores públicos. Os ferreiros chegam a trabalhar 15horas diárias para ganhar R$ 500 por mês.
Muitos começam a trabalhar nas primeiras horas do dia e só param para almoçar. “Dou uma pausa às 11h para almoçar e emendar de novo. Aí, já ganha mais para aguentar o mês todinho num 'rojão' só ”, conta.
Fonte: G 1
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