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28/02/2013
Novo Papa terá missão de ser um comunicador

Os desafios impostos à Igreja Católica, que têm se intensificado desde o anúncio da renúncia de Bento XVI, já sinalizam qual deverá ser o perfil do novo Papa. Especialistas discutem quais são as características que entrarão no critério dos cardeais que vão participar do conclave. Tais características, segundo eles, serão importantes para determinar os caminhos da Igreja Católica daqui para frente.

As polêmicas que ganharam força durante o pontificado de Bento XVI, como a pedofilia em diversas dioceses pelo mundo e desvio de dinheiro do Banco do Vaticano, foram responsáveis pelo desgaste ainda maior da imagem da igreja.

O futuro Papa, portanto, terá de lidar com adversidades e ser um “grande comunicador”, como aponta o doutor em Filosofia e Teologia e professor-emérito da Universidade de Louvain, Michel Schooyans.

Para conseguir se comunicar com o mundo, o novo pontífice “deverá ouvir, ser aberto e humilde. Deverá reunir o povo de Deus, ser o vigário do mundo, visitar as comunidades cristãs”, destaca o filósofo, que já compôs, em 2007, o Conselho Pontifício de Ética e Família, no Vaticano.

Para ele, o futuro papa também deverá alargar os contatos com os judeus, com os protestantes, com os evangelistas e com os muçulmanos. Ambas as ideias são endossadas pelo coordenador de pastoral da Arquidiocese de Fortaleza, padre Ivan Souza.

No vislumbre de um novo tempo para a igreja, o trabalho do papa que será escolhido passará pela intensificação do diálogo com o “mundo secularizado e com os centros internacionais de decisão”, emenda Schooyans, ao pontuar que o novo pontífice cuidará, ainda, da justiça nos campos políticos e econômicos.

O novo papa “não deverá subestimar as questões relacionadas com o meio ambiente. Especial empenho dele será necessário no campo dos direitos humanos, do respeito da vida e da família, das novas questões de bioética. Acima de tudo, deverá proclamar a Boa Nova do Evangelho e anunciar aos homens o quanto Deus nos ama”, acrescenta o filósofo.

Reforma da Cúria Romana

Desde o início de seu pontifício, Bento XVI ressaltava que a primeira reforma necessária seria a da Cúria Romana - órgão administrativo da Santa Sé, constituído pelas autoridades que coordenam e organizam o funcionamento da Igreja Católica. Quando era cardeal, inclusive, debatia, por vezes, sobre a problemática.

Bento XVI, no entanto, não conseguiu organizá-la e sinalizou, agora, não ter energia nem instrumentos “políticos” suficientes para fazê-la. “O novo papa tem dar continuidade à reforma, para que os trabalhos sejam agilizado, para que as coisas aconteçam”, frisa Souza.

Independente do nome que seja escolhido pelo conclave para assumir o novo pontificado, as boas novas são esperadas pelos católicos mundo a fora. “Vai ser a grande mudança para a igreja e todos esses escândalos vão acabar. Vamos poder continuar com o trabalho de Deus”, acredita o padre Brendam Colleman.

PERUANO ESPERA SUCESSOR ANTES DA SEMANA SANTA

O sucessor de Bento XVI será eleito antes do feriado da Semana Santa, de 28 e 29 de março, disse ontem o cardeal peruano Juan Luis Cipriani, um dos 115 eleitores no conclave papal. "A eleição irá ocorrer certamente antes da Semana Santa, e assim penso que será", disse sem titubear Cipriani, de 69 anos, à rádio peruana RPP de Roma.

QUANTO ÀS QUESTÕES MORAIS, SEM CONCESSÕES

Intransigência

O então cardeal Ratzinger, que dirigiu por mais de 20 anos a Congregação para a Doutrina da Fé e foi o responsável pela condenação do teólogo Leonardo Boff, pareceu menos intransigente quando se tornou papa. Só aparência, pois não fez concessões em relação a questões morais contestadas por católicos brasileiros.

Fonte: O Povo

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