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31/05/2011
Aids: 300 mortes por ano no Ceará

A comerciária Maria Júlia ainda chora a perda do irmão, Pedro, para a Aids. Por medo e negação à própria doença, ele só procurou ajuda médica no estágio muito avançado da enfermidade e não teve mais como reverter seu quadro.

O drama enfrentado por essa família é o mesmo vivenciado por outras no Estado. E não é para menos. Estudo coordenado pelo pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Grangeiro, mostra que 40% da mortalidade de Aids no Brasil está associada ao diagnóstico tardio e ao abandono ao tratamento.

No Ceará, segundo dados do Núcleo de Prevenção e Controle de Doenças (Nuprev) da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), 300 pessoas morrem por ano somente no Hospital São José (HSJ). "A maior parte deles já chega ao hospital direto para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)", afirma a coordenadora do Nuprev, Telma Martins.

Para ela, os números poderiam ser menores. E deveriam ser mesmo. De acordo com o estudo da USP, uma pessoa que inicia tardiamente o tratamento tem um risco 49 vezes maior de morrer do que outra que começa o acompanhamento no período adequado e toma de forma correta os retrovirais.

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